Ao nosso amor mundano

Introdução

Não creio que o universo tenha conspirado a nosso favor (nem contra).

Nem penso que a lua ou as estrelas tiveram algo com isso, que se anotaram em seu caderno algo não foi sobre nós. Não estava escrito previamente, a gente mesmo que foi escrevendo, borrando, escrevendo de novo, esquecendo, lembrando.

Eu não estava pronto quando você chegou em minha vida, nem você estava pronto para mim. Não sei nem dizer se foi no melhor momento, a sua visita chegou quando minha casa e vida não estavam tão arrumadas como eu gostaria.

Não acho que as pessoas que amamos antes eram “as pessoas erradas” e você sim, a única certa.

Você vive encontrando outras pessoas certas pelo caminho, inclusive, mesmo que depois você mude de ideia. Assim falando pode parecer um pouco sem glamour, sem nada tão sacro, nosso amor mundano.

Não sei se em outras vidas te amei, não sei se éramos uma formiga e outra uma capivara. Só sei que nessa vida, nosso amor não é a luz no fim do túnel. É um vagalume no caminho.

E isso é tanto que nenhuma transcendência nos faz inveja. Que um amor assim de pés descalços dança muito melhor no instante que na eternidade.

(texto da @genipapos)